Entenda a situação
Considerados um dos mais antigos “habitantes” do planeta, os recifes de coral – ambientes bioconstruídos, restritos as aguas tropicais e subtropicais – são o mais complexo, diversificado e produtivo ecossistema marinho, representando verdadeiros bancos genéticos para a atual e futuras gerações, classificados como hotspots da biodiversidade.
A situação é ainda mais preocupante para os corais brasileiros. Além de sofrerem degradação crescente dos efeitos climáticos e antrópicos (Kikuchi et al., 2010), ainda possuem déficts Wallaceanos (falta de conhecimento sobre a distribuição geográfica das espécies) e Darwinianos (falta de conhecimento sobre a história evolutiva das espécies (Castro; Pires, 2001).
Compondo a formação recifal costeira do nordeste brasileiro, os recifes rasos do estado da Paraíba, encontram-se distribuídos paralelamente à costa, de forma descontínua (Melo et al., 2006), desde o litoral norte, nas proximidades da desembocadura do Rio Mamanguape e ao sul do Estuário do Rio Paraíba, até os limites com o Estado de Pernambuco (Costa et al., 2007).
Em fevereiro de 2020, foi observado o maior evento de branqueamento em massa dos corais no Estado (Governo da Paraíba 2020) resultante de uma anomalia térmica classificada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica – NOAA (2020) como Alerta Nível 2