Óleo

Derrame de Óleo no Nordeste:

  • 2019 – considerado o maior da história no litoral brasileiro.

Em 30 de agosto de 2019, manchas de óleo começaram a aparecer no litoral brasileiro. Os primeiros avistamentos foram registrados na Paraíba e, em três meses, a poluição se espalhou por mais de 3.000 km da costa nacional, desde o Maranhão até o norte do Rio de Janeiro.

O óleo continuou aparecendo nas praias do nordeste brasileiro em episódios esporádicos.

Um relatório da Marinha estimou que mais de mil toneladas de óleo haviam sido retiradas das praias nordestinas até o dia 21 de outubro. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), trata-se do maior desastre ambiental já registrado no litoral brasileiro

  • 2020 – voltaram a surgir mais manchas do mesmo óleo, no litoral de Alagoas e Pernambuco
  • 2021 – em julho de 2021, novas manchas de óleo voltaram a aparecer no litoral da Bahia, tendo sido coletados entre 300 e 400 quilos. Em agosto de 2021, borras de petróleo apareceram em Fernando de Noronha.
  • 2022 – em janeiro de 2022, seis praias cearenses registraram marcas de vestígios oleosos. Em setembro de 2022, vestígios de óleo voltaram a aparecer no litoral de quatro estados: Pernambuco, Paraíba, Bahia e Alagoas.

Informações das causas e consequências do petróleo cru nas praias do nordeste em 2019

Segundo a Marinha do Brasil, a contaminação (derrame de petróleo cru) atingiu 3 000 km do litoral brasileiro, em mais de mil localidades de 130 municípios, desde o litoral do Maranhão até o litoral norte do Rio de Janeiro. Ao todo, foram coletadas 5 379,76 toneladas de óleo, sendo a maior parte no litoral de Alagoas (2 364,58 toneladas) e Pernambuco (1 676,26 toneladas).

Em 8 de outubro de 2019, um relatório da petrolífera brasileira Petrobras apontou que a substância é uma mistura de óleos da Venezuela, o que não significa que o país seja o responsável pelo desastre. Esse petróleo tem características especiais, como alta densidade, o que impede a flutuação na superfície e culmina na acomodação no fundo do mar. Quando há períodos de “ressaca”, os sedimentos aparecem. O governo venezuelano rejeitou qualquer ligação com o vazamento.

toneladas de petróleo encontradas em Pernambuco
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toneladas de petróleo encontradas em Alagoas
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Segundo a Marinha do Brasil, a contaminação (derrame de petróleo cru) atingiu 3 000 km do litoral brasileiro, em mais de mil localidades de 130 municípios, desde o litoral do Maranhão até o litoral norte do Rio de Janeiro. Ao todo, foram coletadas 5 379,76 toneladas de óleo, sendo a maior parte no litoral de Alagoas (2 364,58 toneladas) e Pernambuco (1 676,26 toneladas).

Em 8 de outubro de 2019, um relatório da petrolífera brasileira Petrobras apontou que a substância é uma mistura de óleos da Venezuela, o que não significa que o país seja o responsável pelo desastre. Esse petróleo tem características especiais, como alta densidade, o que impede a flutuação na superfície e culmina na acomodação no fundo do mar. Quando há períodos de “ressaca”, os sedimentos aparecem. O governo venezuelano rejeitou qualquer ligação com o vazamento.

A Marinha notificou 30 navios-tanque de dez países diferentes que passaram pelo litoral brasileiro a prestar esclarecimentos.

A Polícia Federal apontou um navio petroleiro grego, o Bouboulina, da empresa Delta Tankers. como o responsável pelo derramamento do óleo no mar, cujos custos de limpeza de praias e oceanos chegaram a ser estimados em R$ 188 milhões para o poder público nas três esferas (federal, estaduais e municipais).

As investigações concluíram que a embarcação havia sido carregada na Venezuela, e seguiria para a Cidade do Cabo, na África do Sul. O vazamento teria ocorrido entre 28 e 29 de julho de 2019, quando o Bouboulina navegava a cerca de 730 km da costa brasileira.

Os culpados estão sujeitos à Lei de Crimes Ambientais.  Os responsáveis pela embarcação, no entanto, negaram qualquer envolvimento. À época, estimava-se que a multa aos responsáveis poderia chegar a R$ 50 milhões.

O vazamento provocou um prejuízo social, econômico absurdo e, no entanto, não foi criado um sistema de monitoramento de costa.

Mobilização & Força Tarefa

Desde o início da identificação das primeiras manchas de óleo, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), composto pela MB, IBAMA e ANP, juntamente com instituições governamentais (federais, estaduais e municipais), demais Forças Armadas, comunidade científica, universidades, além da valorosa participação de voluntários, uniram esforços para mitigar os efeitos do óleo, com êxito.

Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 5 500 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea atuavam na limpeza das praias do Nordeste, além de servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, assim como milhares de voluntários.

MARISTA SET 2020

Fauna

Plano Nacional de Contingência:

O Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC) foi instituído em 2013, por meio do Decreto nº 8.127, com o objetivo de preparar o país para casos justamente como o que afeta a costa do Nordeste. O documento, bastante detalhado, descreve responsabilidades, diretrizes e procedimentos para o governo responder a vazamentos de petróleo com foco em “minimizar danos ambientais e evitar prejuízos para a saúde pública”.

O decreto prevê a estrutura organizacional do Plano, as competências e atribuições de cada órgão, responsabilidades e ações articuladas para combater acidentes com óleo na costa.

Manual de Resposta a Derramamentos de Óleo

      Como reagir em caso de contato com o material:

1.Limpar bastante, passar água e óleo de bebê

2. Em caso que vá além de vermelhidão e leve coceira, procurar posto de saúde

      Se encontrar óleo na praia:

1. Não coletar por si só, o óleo ainda tem metais pesados e é tóxico

2. Chamar autoridades, como Ibama, Defesa Civil ou universidade, entidades com devidos equipamentos de proteção para manejo e descarte

        Destinação e manejo do óleo coletado:

Em Pernambuco, a substância está sendo transformada em blend energético para a indústria de cimento. Já existia nos arredores do Recife um aterro especial para o tratamento de resíduos sólidos industriais, que recebeu 1.200 toneladas de óleo em seis dias. Em Salvador, o Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia, através da professora doutora Zenis Novais da Rocha, criou um projeto para converter o óleo coletado em carvão.